UGT não aceita fim do 13º e 14º meses nem redução do salário mínimo
O secretário-geral da UGT deixou hoje alguns recados à troika e ao futuro Governo.
"Queremos dizer à troika e ao Governo que não podemos aceitar quaisquer condições e sacrifícios para os trabalhadores e claramente responsabilizamos aqueles que celebrarem um mau acordo. Queremos um bom acordo que crie condições para um futuro melhor dos portugueses", afirmou João Proença, no seu discurso de encerramento da manifestação do Dia do Trabalhador, na Praça dos Restauradores, em Lisboa.
Nesse sentido, continuou o secretário-geral da UGT, "não aceitaremos que se ponha causa o 13º e o 14 meses de salários. Não aceitaremos qualquer redução do salário mínimo".
João Proença deixou ainda claro que a central sindical não aceitará "a redução dos direitos adquiridos pelos trabalhadores no activo", acusando "muitos" de quererem "atingir os trabalhadores activos com uma brutal quebra de direitos".
Além disso, acrescentou, "não aceitaremos que se ponha em causa o emprego público e o Estado Social".
"Estas são condições para a UGT poder manifestar apoio para um diálogo necessário para levar à prática medidas de defesa dos trabalhadores", explicou o dirigente sindical.
Para a UGT, é fundamental que "nestas negociações esteja presente que o nível de desigualdades em Portugal é insustentável".
Falando sobre o sector empresarial do Estado, o líder da UGT afirmou que não tem posição ideológica contra as privatizações, mas avisou que não permitirá "vendas ao desbarato".
Sobre as eleições legislativas, João Proença considerou ser "fundamental um Governo de maioria", defendendo "compromissos claros dos partidos para o futuro do País"
fonte:http://economico.sapo.pt/