Salário do chefe do fisco "vale" 0,00019% da receita cobrada por ano
O Estado tem para oferecer ao novo diretor geral da Autoridade Tributária e Aduaneira uma remuneração anual a rondar os 81 200 euros, o que corresponde a 0,00019% da receita fiscal cobrada num ano.
Se tudo correr como o previsto, a Autoridade Tributária e Aduaneira deverá fazer entrar nos cofres do Estado cerca de 42,4 mil milhões de euros ao longo de 2014. A esmagadora maioria desta verba é paga ordeira e voluntariamente pelos contribuintes, mas há uma parcela que será obtida através de cobrança coerciva de dívidas.
À frente desta máquina está o diretor-geral antiga Direção Geral dos Impostos que em 2012, num processo gizado pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, foi transformada em Autoridade Tributária e Aduaneira.
José Azevedo Pereira, que está à frente da máquina do fisco, desde 2007, está de saída do cargo, tendo sido lançado, no início deste ano, um procedimento concursal para o substituir.
O anúncio do concurso adianta que o futuro dirigente da AT irá receber uma remuneração base de 3734 euros, a que acrescem 778,03 euros para despesas de representação e suplementos remuneratórios (pagos 12 vezes por ano).
Conjugadas todas estas parcelas, com o atual corte salarial em vigor, isto significa que o novo diretor-geral terá à sua espera uma remuneração mensal ilíquida a rondar os 6150 euros por mês ou cerca de 81 200 euros por ano - uma ínfima parcela dos impostos que irá cobrar ao longo do ano e que constituem a fatia mais relevante da receita do Estado.
fonte:http://www.dinheirovivo.pt/