FMI sugere a Espanha um corte de 10% nos salários
O FMI sugere a Espanha um corte de 10% nos salários. O Fundo Monetário Internacional propõe um acordo entre empresas, sindicatos, Governo e trabalhadores. Em troca pela redução dos salários as empresas teriam de criar empregos.
A sugestão vem no relatório anual sobre a economia espanhola, conhecido esta sexta-feira. O FMI propõe uma redução de salários de 10% e como contrapartida as empresas teriam de criar empregos - centenas de milhares de empregos, num país onde há mais de cinco milhões de pessoas sem trabalho e a taxa de desemprego está acima dos 25%.
Em troca pela criação destes postos de trabalho, cuja sustentabilidade o Fundo Monetário Internacional não especifica, seria dado às empresas um benefício fiscal: a redução das contribuições para a Segurança Social.
Mas, e porque o Estado é chamado a esta equação, para compensar a perda de receitas fiscais, o FMI propõe a Madrid um aumento do IVA, dois anos depois do início deste programa.
O resultado final, segundo o FMI, seria um nível de emprego 7% acima do cenário actual.
Mas a instituição sediada em Washington, e que revê neste boletim em baixa o crescimento económico espanhol, e o desemprego em alta, diz que Espanha precisa incentivar o consumo.
Contudo, escreve que os espanhóis são muito “ricardianos”, ou seja, antecipam a situação económica e, em consequência, consomem menos, o que prejudica o crescimento. Mas, como a imprensa espanhola sublinha, o mesmo FMI que está a pedir um corte de 10% nos salários.
fonte:http://rr.sapo.pt/i