Quase um em cada quatro trabalhadores alemães recebe um salário considerado baixo, informa o semanário "Der Spiegel", colocando o mercado laboral ao nível dos mais afetados pela crise económica que atravessa a Europa.
De acordo com a revista, há entre 6 a 8 milhões de trabalhadores alemães a receber 11 euros por hora, no oeste da Alemanha, e 8,11 euros no antigo território da Alemanha Oriental.
Estes números contrastam com a boa imagem do mercado laboral alemão, entre os mais equilibrados da União Europeia, principalmente no que diz respeito ao desemprego jovem, que afeta apenas 8% dessa população ativa, o que contrasta com os mais de 30% em Portugal e cerca de 50% na Grécia ou em Espanha.
O "Der Spiegel" cita dados do Instituto de Macroeconomia e Análise Económica Hans Böckler, que destaca a boa situação geral do mercado laboral alemão, mas alerta também para alguns desequilíbrios salariais.
Um dos bons indicadores registados pelo estudo refere-se ao número de desempregados, que baixou de quase cinco milhões em 2005 para menos de dois milhões, atualmente.
Este aparente êxito, explica o Instituto, deve-se em boa parte aos desequilíbrios salariais, ou seja, à alta percentagem de pessoas empregadas com salários considerados mínimos, o que fará com que, no futuro, muitos dos reformados tenham pensões bastante inferiores à média atual.
"Nas últimas décadas tem havido uma evolução, na Alemanha, de desequilíbrios salariais altamente problemática, quer do ponto de vista social, quer do ponto de vista económico", concluiu o diretor do instituto, Gustav Horn, de acordo com o "Der Spiegel", segundo a agência EFE.
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